Pelotas é a primeira cidade do RS a proibir homenagens a escravocratas
A prefeita Paula Mascarenhas assinou, na tarde de ontem na Sala Frederico Trebbi, na Prefeitura de Pelotas, a lei nº 7097/2022, que proíbe homenagens a personalidades escravocratas e eugenistas no município. O texto também permite que sejam alterados os nomes de ruas, avenidas, praças, bustos e outros locais que sejam homenagens a pessoas escravistas.
De acordo com o vereador autor da lei, César Brisolara, o Césinha (PSB), é importante resgatar e saber quem foi a figura histórica que está sendo homenageada. Ele ainda esclarece que, em um primeiro momento, a ideia é restringir futuras homenagens a esses personagens, e após, que ocorra um debate para renomear os locais já nomeados.
"O projeto tem o papel de estancar. Daqui para frente, até mesmo os vereadores quando forem nomear ruas, que é um dos papéis do Legislativo, que haja uma pesquisa sobre quem foi e o que fez aquela pessoa." Ainda para Césinha, a cidade de Pelotas tem um dever histórico com os negros da cidade, pela dura história de escravidão já conhecida. "Queremos reparação, justiça, equidade, somente isso. Temos sim, todos nós, agentes públicos, Executivo e Legislativo, temos uma dívida histórica com os negros e negras dessa cidade. E essa lei vem para isso, para gente não mais gerar referências a essas cidades." A Lei 7.097/2022 coloca Pelotas como a primeira cidade do Rio Grande do Sul a aprovar a lei para coibir homenagens a personagens escravistas. A cidade de Olinda, no estado de Pernambuco, foi a pioneira no Brasil.
Por assessoria de imprensa vereador César Brisolara (PSB).